domingo, 30 de outubro de 2016

Como Amornar um Jogo e Arrefecer um Clássico

Perante um VITÓRIA FC que não vencia há 4 jogos, e num estádio que até era talismã, o FUTEBOL CLUBE do PORTO voltou a marcar passo no campeonato. E a uma semana do clássico do DRAGÃO, o nulo significa, negativamente, muito mais que a perda de dois pontos.

Para o jogo de Setúbal, NUNO ESPÍRITO SANTO não fez poupanças e colocou a equipa na máxima força. Jogando em 4-4-2, com hector HERRERA descaído para a direita e com OTÁVIO, juntou ainda DIOGO JOTA a ANDRÉ SILVA e mantém a confiança em miguel LAYÚN em detrimento de MAXI pereira.

Mas se nesse sistema NES conta com um apoio direto ao PL, também perde o poder de fogo do principal médio criativo, que fica amarrado à esquerda e normalmente bem marcado. Ontem, aliás, OTÁVIO só apareceu em jogo pouco depois dos 20 minutos e a nossa equipa ressentiu-se, apesar de o VITÓRIA pouco ou nada ter feito até então.


Nesse sentido, a equipa de NES ia sempre tendo bola, mas era preciso muito mais que isso. DANILO pereira raramente se aventurou no adiantamento no terreno, ÓLIVER torres e HERRERA ficavam sempre longe das melhores decisões e as oportunidades – grandes oportunidades – do médio espanhol e de DIOGO JOTA, com o pé e cabeça respetivamente, foram a meu ver, exceções a um caudal ofensivo que terminava quase na fase do último passe.

Para o segundo tempo esperava-se uma equipa mais assertiva mas, sinceramente, vi a mesma equipa amorfa e previsível da primeira parte. E se os “desenhos” do nosso treinador não tiveram resultados práticos ao intervalo, apesar de ter dado um sinal à equipa com a saída do belga laurent DEPOITRE para aquecimento, deu um passo claramente atrás quando retira há hora de jogo HERRERA e coloca jesus CORONA.

Colocando CORONA mais na frente e mesmo dando liberdade a DANILO, foi no meio campo que COUCEIRO, e bem, mexeu, conquistando essa zona do terreno e numa fase crucial do jogo. Foi sem dúvida o pior período do FC PORTO no jogo e altura em que o VITÓRIA conquistou mais bola.

Com o passo atrás, NUNO voltou a ter que ganhar o meio campo e coloca, aos 74 minutos, RÚBEN NEVES, com yacine BRAHIMI, não podendo depois lancar DEPOITRE para um assalto final à baliza de bruno VARELA, ficando o FC PORTO entregue praticamente às decisões individuais de BRAHIMI, CORONA e OTÁVIO que até “conquistou” uma grande penalidade, no entanto não assinalada.

Depois de 4 vitórias, o FC PORTO, volta a perder pontos e num momento em que, por várias razões, não devia ter acontecido. Antecede um importante jogo para a LIGA DOS CAMPEÕES, com o CLUBE BRUGGE KV (que também ontem empatou a zero), e para a LIGA NOS, além de não aproveitarmos o empate do SPORTING CP, tiramos ao SL BENFICA toda a pressão de um clássico que para nós podia significar muito mais do que três pontos.

Esperamos por quarta-feira e por domingo, para, aí sim, vermos que FC PORTO de NUNO é que temos. Eu só espero ter um “PORTO à PORTO”.

Destaques

IN

Mereciam mais
Felipe/Marcano - O VITÓRIA FC pouco fez no ataque mas, nas poucas vezes que lá chegou, a dupla de “patinhos feios” esteve irrepreensível.

Otávio - Não esteve, nem de perto nem de longe, ao nível de outras partidas, mas daqueles pés saem sempre momentos de perigo e, nesta partida, até o penálti a terminar.

Adeptos - A exibição da equipa ficou aquém, mas não por falta de apoio. A falange de apoio foi grande e até ao minuto 94.

OUT

Danilo - Longe da apresentar a qualidade que nos habituou. Muito preso à posição 6, limitou-se a defender.

Minuto 62- Primeiro momento do jogo. HERRERA não foi fantástico, mas a saída do mexicano deixou o meio campo entregue a ÓLIVER e DANILO e consequentemente aparece em campo a equipa sadina.

Minuto 84 - Segundo momento do jogo. Mesmo jogando mal, e perto do fim, o FC PORTO podia ter conquistado os 3 pts mas Jooão Pinheiro transformou um penalti claro sobre OTÁVIO num amarelo para o brasileiro.


por Fábio Daniel Ferreira,
Muralha Azul

domingo, 23 de outubro de 2016

Soma e Segue!

Três foi a conta que o Espírito Santo fez.
Primeiro no campo com 3 golos, mais tarde com os 3 pilares, Espirito Santo desceu à sala de imprensa e pregou os 3 mandamentos do "jogador à Porto", já antes Brahimi havia sido abençoado e brindou os assobiadores com uma obra de arte.

Foi num jogo de sentido único que o FC Porto derrotou o Arouca, com um resultado que se podia ter começado a construir desde bem cedo, tivesse o remate de Corona melhor sorte e beijasse as redes ao invés do poste. Não entrou no início, entrou no fim do 1º tempo com André Silva a faturar mais um para a sua conta pessoal. 

O FC Porto chegava ao intervalo a vencer por 1-0, depois de uma boa primeira parte em que teve ainda mais algumas boas ocasiões para fazer o golo que tardou a aparecer. O domínio foi claro, com uma posse de bola quase sempre acima dos 70%, o meio campo azul e branco mostrava ligação entre si e os restantes setores, a pressionar alto e com um Danilo que, de jogo para jogo, mostra toda a sua importância, a partida fez-se no meio campo do adversário que deu noite de folga a Casillas.
Com a importância que tem um golo feito nos primeiros 45 min, o FC Porto iniciou os segundos com a possibilidade de continuar o seu domínio e dilatar a vantagem e vencer tranquilamente. 

Mas antes de fazer o golo que daria a segurança necessária, ainda deu tempo para se acomodar ao nada seguro 1-0, dando ao Arouca a melhor oportunidade para crescer no jogo. 

Aos 78'  André Silva volta a marcar e bisa no encontro, com mais este o avançado Portista já pode ambicionar chegar aos calcanhares do menino Zé Gomes, a nova fantasia encarnada.

Perto do final ainda houve tempo para Brahimi mostrar daquilo que é capaz, e abrilhantou o jogo da equipa com um golo cheio de classe e um "festejo" com destinatários concretos.

Brahimi, em 25 min conseguiu 5 dribles eficazes em 7, dez duelos ganhos em 13 e quatro recuperações de bola. Mas isso não o livrou de um coro de assobios, porque virou moda não gostar do argelino. e assim se cai no ridículo de assobiar o jogador e acabar a aplaudi-lo de pé pelo golo. 

Destaques

André Silva - O futuro que é cada vez mais uma certeza no presente. Hoje foram mais 2.

Diogo Jota - É notório o seu contributo no jogo de André Silva. Depois de um jogo menos bem conseguido a meio da semana na Bélgica, ontem, Diogo Jota contabilizou duas assistências, quatro remates e três passes para ocasião de golo.

Brahimi - Pelo que disse em cima e pela forma como quis mostrar serviço. Se há jogador que pode oferecer muito à equipa é Brahimi e não podem ser alguns adeptos a traçar-lhe o destino no clube.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Sofre Coração!

À terceira foi de vez!
Custou, sofremos, mas finalmente conseguimos a vitória que tardava em chegar nesta fase de grupos, arrancada a ferros é certo, mas vale o mesmo.

Apesar da euforia que uma vitória conseguida nos últimos suspiros do jogo oferece e, ainda para mais, depois de estarmos a perder, acaba sempre por anular os pontos mais negativos a registar. E esta fase de grupos está cheio deles.

Por altura do sorteio, não podíamos ter ficado mais satisfeitos com o que a sorte nos ditara. Duas equipas completamente acessíveis face ao nosso poderio, e o surpreendente Leicester como cabeça de série, a equipa inglesa mais fácil com que alguma vez nos deparamos depois de Man Utd, Chelsea, Man. City ou Arsenal.

Certo é que, ao cabo de três jornadas, são 4 os pts conquistados e a tristeza de não podermos classificar um jogo como "bom" até ao momento. Principalmente depois da forma como conseguimos chegar a esta fase de grupos.

Depois de um início de post ao nível dos melhores desmancha prazeres, o jogo.

A 1ª parte foi a imagem do que muitas vezes se vem assistindo este ano: dificuldade a entrar no jogo. Um FC Porto macio, sem ideias e a jogar francamente mal ou, como eles dizem, "com dificuldades a encaixar no jogo do adversário".

Corridos 12 min, estávamos já em desvantagem, depois de vários erros cometidos pelos defesas azuis e brancos. A perder, a reação não foi a melhor, a qualidade de jogo manteve-se igual e assim continuou até à ida para as cabines. Diogo Jota e André Silva desaparecidos, e um meio campo com pouca desenvoltura.

Suspirava-se por alterações no segundo tempo, não só no 11 como na mentalidade da equipa.

Tantas devem ter sido as preces que os desejos se confirmaram.
Nos segundos 45 min, os Dragões correram atrás do prejuízo. Permitiram apenas 1 remate ao adversário enquanto que contabilizaram 12, 6 deles enquadrados.

Porém, até aos 75 min, a dupla de avançados Diogo Jota e André Silva (e depois só André), não tinha feito um remate à baliza. Revelador.

O primeiro a balançar as redes foi Layún, com um grande remate fora de área sem hipótese para o guardião adversário.

Daí até ao golo da vitória via-se uma equipa a procurar a baliza de várias formas e por vários intervenientes. Uma equipa como se exige, a não desistir.

Já com o coração acelerado, a persistência teve os seus frutos, e o FC Porto arrancou um penalti por Corona, estava já o público pronto para abandonar o estádio.

André Silva chamado a converter e não tremeu. 1-2 para os portistas e uma vitória suada mas saborosa.

Destaques

Substituições - As alterações levadas a cabo por NES são mesmo o grande destaque do jogo de ontem. As entradas de Corona e Brahimi, essencialmente, e mais tarde a de André André trouxeram ao jogo a velocidade, imaginação e qualidade que faltaram até aí.
Foi clara a melhoria no jogo e a satisfação por vermos saltarem do banco verdadeiras soluções capazes de resolverem partidas.

domingo, 16 de outubro de 2016

Como Tinha de Ser. FC Porto na Próxima Fase

Obrigação cumprida. Sem grandes correrias mas com competência, o FC Porto eliminou o Gafanha e segue para a próxima fase da Taça de Portugal.

Não há muito a dizer. A vitória do FC Porto era o esperado e a obrigação, algo em contrário seria inaceitável. Um daqueles jogos que levam o entusiasmo para junto de equipas de menor valia, pouco habituadas a grandes palcos, e das suas gentes pelas oportunidades únicas que se proporcionam.

Em estreia na taça, o FC Porto de NES surpreendeu pelas poucas mexidas no 11 inicial, algo que ninguém estaria à espera. Se contávamos verem ser dados minutos aos menos utilizados, este não foi o jogo.
Talvez para recuperar os mecanismos da equipa após a paragem para as seleções, Nuno avançou com um 11 praticamente na máxima força, como se de um jogo do campeonato se tratasse. Desrespeito pelo adversário não podem dizer que houve.

Foi com pena que não vi Brahimi de início, ou Rúben e Depoitre, ou quem sabe, João Teixeira que tarda em estrear-se, e se nem foi desta que o jovem português se estreou...
Não seria por eles que não venceríamos, NES assim não o entendeu. 3-0 resultado final e nada a dizer.

Tal como disse em cima, não foi um jogo de grandes correrias e intensidade, nem era preciso. Uma vitória sólida era suficiente, sem nunca por em causa o que aí vem. Assim foi!

Houve tempo para ver Otávio espalhar magia em Aveiro e para o belga Depoitre estrear-se a marcar de Dragão ao peito, intercalado com um golo do mexicano Corona.

Não são estes jogos que nos cativam especialmente, mas para se chegar às finais não se podem saltar níveis. O FC Porto está na próxima fase da Taça de Portugal, competição que vem fugindo há já algum tempo e com uma ferida recente ainda por fechar, que tenha sido o primeiro jogo de uma caminha que culmine com a conquista da prova rainha.

Nota final para o relatório e contas do FC Porto dado a conhecer esta semana.

Sabíamos de antemão que um bom resultado contabilístico não viria dali, e foi o que se confirmou.
Um buraco enorme que vem comprovar os vários erros cometidos ao longo dos últimos anos e que nos trouxeram até este ponto: despesas com o pessoal altíssimas em divergência com os resultados desportivos, passivo a disparar e um assumir de mudança de estratégia.

Veremos que novos rumos se irão tomar com estas mudanças que ficamos obrigados a tomar e se os ventos soprarão a nosso favor. Aguardemos.

domingo, 2 de outubro de 2016

Com Jota Se Escreve Vitória

Custou muito? Não foi difícil, pois não?

A pérola do atlântico, nos últimos anos cada vez mais terra maldita para as aspirações portistas, recebeu a exibição mais conseguida até ao momento do FC Porto versão 2016/17, e o destaque vai inteirinho para Diogo Jota, que escreveu a vitória azul e branca na primeira oportunidade que teve como titular.

Na antevisão à partida, o treinador do FC Porto falou em "fome de vitórias tremenda", certo é que não era só a equipa que a tinha e, como palavras leva-as o vento, vencer era obrigatório e tendo em conta o historial exibicional mais recente, teria de haver mais que a conquista dos três pontos.

Tudo isso foi conseguido e um novo balão de oxigénio foi-nos dado para que pudéssemos respirar fundo, nem que por uma simples jornada.

O Dragão entrou forte e com vontade de limpar a imagem trazida de Inglaterra e cedo chegou à vantagem por aquele que viria a ser o homem do jogo, Diogo Jota. Corridos 11' e o FC Porto vencia por 1-0.

Em vantagem, era importante perceber como iria ser o comportamento da equipa dali em diante: insatisfação com o resultado e procura de mais golos ou acomodar-se ao marcador e abrandar o ritmo. Para bem de todos, à excepção do Nacional, partiram à procura de mais e, com o adversário a acusar o golo, foram-se sucedendo oportunidades, antes de Jota fazer o segundo e, pouco depois o terceiro do encontro.

O FC Porto chegava ao intervalo a vencer por uns convincentes 3-0 e devolvia, de novo, uma demonstração de força que há muito parecia adormecida.

Terminada a primeira parte, Diogo Jota aos três golos apontados, somava anda cinco remates enquadrados, estabelecendo um novo recorde na presente edição da Liga NOS.
Destaque também para Layún, após um excelente primeiro tempo: três passes para a ocasião, um deles resultando em assistência, um cruzamento eficaz e ainda seis acções defensivas.

Na segunda-parte o FC Porto via a sua tarefa facilitada e conseguiu controlar sem mergulhar num futebol sonolento e de baixo ritmo, tendo tido ainda tempo para dilatar a vantagem por André Silva.

Terminada a partida, 4-0 final e finalmente um vitória convincente.
Na Choupana viu-se pressão, futebol mais apoiado, maior velocidade e mais gente em zona de finalização, e um tridente ofensivo que encaixou muito bem, sempre com Oliver em apoio, um pouco mais recuado.
Pena que a melhor exibição tenha coincidido com a paragem para as seleções. É importante perceber a consistência desta vitória em jogos futuros, se se mantém a qualidade de jogo e, acima de tudo, os resultados.

Destaques


Good job!
Diogo Jota - O melhor em campo. Não poderia ser melhor a forma como aproveitou a titularidade dada por NES. Estará encontrado o parceiro de André Silva? Para além de ter feito 3 dos 4 golos do jogo, Jota conseguiu que todos os seus remates fossem enquadrados com a baliza (seis, no total).

Danilo - Venceu todos os duelos aéreos que disputou (5), contabilizou 9 recuperações de bola e uma eficácia de passe de 94%

LayúnFoi o maior criador de ocasiões da equipa azul e branca (5) e ainda rematou por três vezes, uma delas com estrondo no ferro.

.