domingo, 31 de dezembro de 2017

Fechar o Ano a Vencer

Depois de muitos anos desligado desta competição, o FC Porto parece, pela primeira vez, verdadeiramente interessado em vencer a Taça da Liga e, como tal, aplicou uma derrota à equipa de Paços de Ferreira seguindo em frente para a final-four da Taça CTT onde encontraremos o Sporting CP. 

Tendo em conta o resultado de 3-2 a favor do Rio Ave frente ao Leixões, não era obrigatório vencer para os azuis e brancos seguirem em frente mas, como é bom manter os hábitos, os Dragões derrotaram os castores numa exibição de duas faces mas que não deixou de premiar a melhor equipa e aquela que mais fez por vencer. 

Com uma entrada avassaladora, o FC Porto cedo se viu na frente. Primeiro com um golo de Reyes aos 17' e, 4 min depois, por Brahimi. A ver-se a vencer com tanta rapidez, a equipa de Sérgio Conceição fez o que não se deve fazer: os portistas baixaram a guarda, tiraram o pé do acelerador, abusando do facilitismo. A equipa da casa aproveitou e conseguiu empatar a partida antes do intervalo, beneficiando de erros da equipa portista.

Regressados das cabines, o treinador portista percebeu o abanão que era necessário dar à equipa, como tal, lançou a jogo Aboubakar e Corona. O efeito não podia ter sido melhor, o mexicano cruza e o camaronês mete-a lá dentro, recolocando o FC Porto de novo na frente do marcador.

Até final nada mudou no marcador, assistiu-se a várias oportunidades desperdiçadas e a uma burrice de Herrera que, desnecessariamente, lá arranjou forma de ir tomar banho mais cedo. 

O FC Porto acabaria, assim, por vencer a partida, fechando o ano da melhor forma possível, com uma vitória.

Destaques:

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ENTRADA EM JOGO - Com uma entrada letal, o FC Porto iniciou com toda a força o encontro, chegando rapidamente à vantagem com dois golos de diferença. Pena que tal, tenha permite um relaxamento da equipa. O FC Porto sempre na busca do golo, sempre insatisfeito, é uma das imagens de marca deste coletivo, e os minutos iniciais do desafio de ontem seguiram essa linha, contagiantes e elétricos. Fica a sensação que esse FC Porto é extremamente difícil de parar.

ABOUBAKAR - Mais do que o golo que acabaria por dar a vitória à equipa, esta menção serve para destacar aquela que é já a melhor época de sempre do camaronês fechou o ano da melhor forma, que o próximo siga pelos mesmos trilhos. 

OUT

DESLIGAR A MÁQUINA - É certo que é impossível manter uma equipa ligada à corrente durante 90 minutos, da forma como o FC Porto esteve até ao 2-0, mas não se pode baixar a toada da forma que o fizemos. A vencer por 2, era importante baixar o ritmo, até porque não interessava estar a causar desgaste quando tudo estava perfeitamente encaminhado, mas não é preciso abusar. Mudou-se o chip a tempo e vencemos, o mais importante. 

HERRERA - Totalmente desnecessária a atitude do mexicano. É claro que, da parte contrária, não faltou o teatrinho mas não era preciso.

Ficam as últimas linhas deste post para desejar a todos um excelente 2018 recheado de conquistas pessoais, coroado, claro está, com um mês de Maio festivo nos Aliados. Que 2018 seja, definitivamente, o nosso ano.

domingo, 24 de dezembro de 2017

Feliz Natal!

A todos aqueles que seguem este espaço das mais diversas formas, a Muralha Azul deseja um ótimo Natal recheado dos melhores sentimentos.

Que este quadra seja passada junto daqueles que vos são mais queridos e que a mesa esteja cheia de harmonia, riso, muita paz e saúde e que, acima de tudo, se prolonguem no ano que se aproxima.

São os mais sinceros votos da Muralha Azul.

Feliz Natal! 





quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Para O Ano Há Mais

Último jogo para o campeonato no ano civil de 2017, FC Porto e Marítimo defrontaram-se e só a vitória interessava para que os portistas retomassem o topo da tabela classificativa e fechassem o ano no primeiro lugar. São muitos os meses até ao término do campeonato, muita coisa estará por acontecer, mas era importante dobrar o ano no topo da classificação, ainda para mais com o derby da segunda circular tão perto. O objetivo foi cumprido, os dragões venceram, convenceram, são o melhor ataque e a melhor defesa, e Sérgio Conceição a figura de destaque nesta equipa.

Bem orientado, esperava um Marítimo capaz de causar dificuldades ao FC Porto, mas o que é certo é que, para além da oportunidade convertida em golo por parte dos insulares, pouco há a destacar da equipa visitante.

Desde o primeiro momento que se assistiu a um FC Porto dominador, completamente instalado no meio campo adversário e com um controlo total do jogo que merece destaque. Sérgio Conceição tem-nos habituado a uma equipa vertiginosa, de ataque constante, incursões pelas alas, aproveitamento dos contra-ataques, muita velocidade. Porém, na passada segunda-feira, foi possível ver uma equipa mais pausada, a circular a bola por todo o terreno de jogo, à procura de espaços. Acima de tudo, mais do que a correria habitual dos nossos jogadores, era a bola quem corria por todo o campo, com os comandados de Sérgio Conceição a demonstrarem uma segurança e um critério com o esférico que me agradou bastante. Ora, não era pois de admirar que, aos 71 min, os dragões registassem 82% de posse de bola e praticamente toda ela no meio-campo adversário, estando mesmo os centrais, em muito do tempo, na zona do grande circulo.

O FC Porto marcou primeiro, justificando o domínio desde o apito inicial, na única grande oportunidade os visitantes lá empataram, mas os portistas continuaram a toada contra 11 e, depois, contra 10. A rasar os 45' adiantamo-nos no marcador e voltamos a furar a muralha vinda da Madeira que parecia não ter outro interesse do que se fechar bem lá atrás, mesmo quando ainda jogava com 11 jogadores. No segundo tempo, embora com o jogo totalmente dominado, faltava o 3º, não fosse numa bola parada o destino pregar-nos uma partida, e assim aconteceu. Depois de fazer o 2-1, Marega bisava e ampliava a vantagem. 

O jogo chegava ao fim com um resultado justo e números esclarecedores acerca do domínio azul e branco: 21 remates (contra 5), 53 bolas na área adversária (contra 4), 73% de posse de bola e uma eficácia de passe na ordem dos 87%.

Estamos em primeiro, é hora de aproveitar a reabertura do mercado e retocar o plantel em posições chave, principalmente para a posição de extremo, e dar continuidade ao que tão bem tem sido feito.

Destaques:

IN 

MAREGA - 2 golos do maliano que lhe permitiram igualar Aboubakar no topo dos melhores  marcadores do plantel. Aquele que era um patinho feito, está-se a tornar num verdadeiro cisne na equipa do FC Porto. Ao "bis", Marega juntou cinco remates (três deles enquadrados), tentou ainda nove vezes o drible, com sucesso em quatro, e fez um passe para finalização.

REYES - Só os mais conservadores podem sentir, ainda, saudades de Felipe. O brasileiro não estava a render o esperado e Sérgio deu-lhe o lugar que merecia, o de suplente. Em contra partida, permitiu aquela que vem sendo a ascensão de Diego Reyes, ele que foi considerado dos melhores centrais a atuar na liga espanhola nos dois anos em que esteve por lá. Ótimo com bola nos pés, com grande leitura do jogo, e pouca necessidade de recorrer à falta, o mexicano esteve quase irrepreensível. À boa exibição somou um golo pleno de oportunidade. Espero que não esteja em final de contrato por muito tempo.

OUT

DANIEL SILVA - Depois de Moreno para a taça se ter vindo queixar do lance do penalti, o treinador maritimista resolveu, também ele, questionar a expulsão de Gamboa. Não há muito a dizer, o lance é claro, se o treinador quer fazer um papel ridículo, o problema é dele.

sábado, 16 de dezembro de 2017

Terceiro Jogo a Golear

FC Porto e Vitória SC defrontaram-se em jogo a contar para a Taça de Portugal, competição que os azuis e brancos já não vencem desde 2011. A partida terminou com nova goleada, a terceira em duas semanas para a equipa portista. Saldo extremamente positivo e esclarecedor do momento que vivem os comandados de Sérgio Conceição: 3 jogos, 14 golos marcados, 2 sofridos e duas passagens à fase seguinte de uma competição.

Quinta foram 4 e, desta vez, até nem foi preciso correr muito para dominar, marcar e não oferecer ao adversário grandes oportunidades de resposta. Era sem grande pressa de fazer golo que o FC Porto jogava, em alguns momentos mesmo a ritmo baixo, isto porque, não se pode impor um ritmo frenético, com "vai-vens" constantes em todos os jogos. Ganhar e dominar, gerindo o esforço era o mais importante, e foi mesmo isso que fez a equipa, não deixando de fazer um jogo agradável, que melhorou substancialmente após o segundo golo.

Com um 11 com muito poucas alterações face àquele que havia defrontado o outro Vitória para o campeonato, Sérgio Conceição mostrava bem o que queria. Depois de alcançado um resultado tranquilo, o treinador foi refrescando a equipa, emergindo um André goleador e um Oliver que andava desaparecido em combate. Aliás, o desaparecimento de Oliver Torres é a questão que mais me atormenta neste FC Porto, não tendo ainda conseguido perceber muito bem como tem andado o espanhol tão longe da equipa.

Quem desapareceu do 11 e não me tem deixado saudades é Felipe. Até parece que Sérgio Conceição leu aquela minha posta de pescada no facebook, aquando da expulsão do brasileiro frente ao Mónaco. 

Segundo jogo de Reyes a titular e, embora dois jogos não sejam uma quantidade credível para se elevar a qualidade de um jogador (pese embora as duas épocas de empréstimo em Espanha, sim), certo é que  o mexicano se tem apresentado em grande nível.  Não sei se será para continuar no 11 e, desta forma, assistirmos a um Casillas - José Sá versão centrais. Se assim for, estou plenamente convicto que Reyes dará muito bem conta do recado, caso contrário, espero que tenha servido para Felipe refrescar as ideias e perceber que ao mínimo deslize volta para aquecer o banco. Sim, porque acredito que a saída de Felipe do 11 se deve ao acumular de erros disciplinares e defensivos. A voltar, que seja o central da época passada. 

Depois de 3 jogos a golear segue-se a receção ao Marítimo antes da pausa do campeonato. Um adversário que, tradicionalmente, nos causa sempre algumas dificuldades.Não peço nova goleada, até porque já todos sabemos aquela frase gasta, mas verdadeira, que "não se pode golear sempre", mas que vençamos por forma a dobrar o ano em primeiro na tabela.

Destaques:

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DANILO - Jogaço do médio defensivo portista. Consistente a defender e muito interventivo no ataque. Depois de duas bolas nos ferros, o merecido golo chegou. Fez o 2-0 que viria a retirar qualquer duvida sobre o desfecho final do encontro. Um verdadeiro pilar deste FC Porto.

HERRERA - Depois de exibições inconstantes e de ódios na bancada, o mexicano atravessa, por esta altura, o seu melhor momento de forma. Herrera corre que se farta, algo que já era seu apanágio desde os primeiros tempos de azul e branco, mas ao pulmão infinito, tem-lhe juntado mais intensidade e, acima de tudo, capacidade de decisão. Quer a defender ou a atacar, o mexicano é o verdadeiro "médio área à área".

OUT

MORENO - Epah oh Moreno, mas que grande oportunidade para estares calado. Depois do Vitória não ter causado problemas ao FC Porto e perder por 4-0 (!!), o central vimaranense teve a coragem de se queixar de um penalti que...era penalti. É caso para dizer: joguem à bola.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

De Mão Cheia

Depois de na passada quarta-feira o FUTEBOL CLUBE DO PORTO ter aplicado “chapa 5” ao campeão francês, AS MÓNACO, desta vez, a vítima da façanha foi o VITÓRIA FC. Num jogo de sentido único, no BONFIM, os azuis e brancos voltam ao topo da tabela.

Como referi, o FC PORTO vinha de uma “gorda” vitória para a LIGA DOS CAMPEÕES, a meio da semana, vitória essa, que garantiu, independentemente de terceiros, a passagem aos oitavos de final da prova milionária. Por outro lado, os sadinos vinham de 5 derrotas consecutivas e a tarefa de inverter esse ciclo negativo frente ao dragões seria no mínimo heroica.

MAXI pereira e diego REYES foram as principais novidades no onze do FC PORTO, que contou com RICARDO pereira mais adiantado no terreno, pelo lado direito, com o meio campo entregue a DANILO pereira e héctor HERRERA e na frente com moussa MAREGA ao lado de vincent ABOUBAKAR, estes dois aliás, que seriam duas das grandes figuras do encontro.

A partida, marcada também pela intensa chuva e forte vento que se abateram sobre Setúbal, até começou com o veterano EDINHO a assustar JOSÉ SÁ, mas o lance não passaria disso mesmo, um susto, pois a equipa de CONCEIÇÃO passou a tomar conta da partida e com várias individualidades em destaque. ABOUBAKAR, que chegou nesta partida à sua melhor época de sempre, e HERRERA, que ostentou mais uma vez a braçadeira de capitão, foram as principais ameaças portistas na primeira meia hora. Com o aviso dado, e já depois de CRISTIANO ter evitado o canto direto de alex TELLES, é o próprio italo-brasileiro que, na cobrança de novo canto, coloca a bola na cabeça do camaronês para o primeiro golo do jogo. Um golo reclamado pelos sadinos e que originou a expulsão de josé COUCEIRO.

Com a vantagem, o FC PORTO passou a gerir a partida de uma forma mais racional, perante um VITÓRIA com poucas ideias e um jogo onde a pressão pela liderança estava em causa, acabou por ficar resolvido no primeiro tempo. Aos 40 minutos, numa jogada de insistência, e após tentativas de ABOUBAKAR e MAXI, é MAREGA que acaba por fazer o segundo do FC PORTO. E se para a equipa do Sado já era difícil uma reação, pior ficou quando, sob o intervalo, o camaronês dos portistas transformou uma grande penalidade (com o apoio do VAR) no 0-3.

A partir daí, quatro dias depois de o jogo com os monegascos e, quatro dias antes do embate do DRAGÃO frente a VITÓRIA SC, para a TAÇA DE PORTUGAL, a gestão foi a palavra de ordem na segunda parte. Ao intervalo, jesús CORONA rendeu yacine BRAHIMI (mais uma bela exibição) e foi já com ANDRÉ ANDRÉ no lugar de RICARDO que o FC PORTO chegou ao quarto golo numa sociedade africana. MAREGA construiu pela direita e ABOUBAKAR completou o hat-trick. A mão cheia, com os mesmos protagonistas chegou já perto do fim, com o camaronês a isolar MAREGA que, na cara de CRISTIANO e com muita classe, fechou a contagem de mais uma mão cheia de golos.

Com a pressão colocada pela vitória do SPORTING CP, no BESSA, a equipa de CONCEIÇÃO respondeu assim da melhor maneira voltando a assumir a liderança, embora que repartida, da LIGA NOS. O FC PORTO contrariou ainda alguns “feelings” numa semana que pode ainda terminar com mais uma passagem numa eliminatória de TAÇA DE PORTUGAL. Quinta-feira é dia de mais uma vez o mar azul estar presente e que o nome VITÓRIA, seja um bom pronúncio.

DESTAQUES

IN

MAREGA/ABOUBAKAR - É com avançados assim que se fazem campeões. Força, golos e qualidade. Muita qualidade.

HERRERA - Outro jogador outrora bastante questionado (ainda o é em menos escala) mas que se tem mostrado fundamental. E foi-o mais uma vez, quer a atacar, quer a defender.

FINALIZAÇÃO - Depois do nulo no clássico, 10 golos em dois jogos. Esperemos pelo próximo.

OUT

JOSÉ COUCEIRO - O VITÓRIA mostrou o porquê da sexta derrota consecutiva e da classificação que ocupa. Completa ausência de ideias.

CICLO - Apesar da gestão no segundo tempo, mais um jogo na quinta-feira, e a eliminar. Esperamos um “Porto” na máxima força.

por Fábio Daniel Ferreira

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Sentido Único Rumo aos Oitavos

Entrada para a última e decisiva jornada da fase de grupos da Champions, ao FC Porto bastava-lhe igualar o resultado do Leipzig para seguir em frente na competição. Enquanto que os alemães somaram uma derrota, os portistas venceram e convenceram o já excluído Mónaco, assegurando, assim, pela 14ª vez um lugar entre os melhores na prova rainha da UEFA em 22 participações.

Com uma goleada que não deixou margem para dúvidas, cedo se começou a construir aquele que viria a ser o primeiro de 5 golos dos azuis e brancos. Na sequência de uma bola parada, Aboubakar percebeu as intenções de Brahimi que deixou o camaronês na cara de Benaglio, inaugurando o marcador. Fica a sensação que se este jogo tivesse como árbitros os senhores da passada sexta-feira, era assinalado fora de jogo.

A vencer desde os 9 minutos, o FC Porto controlava como bem queria o seu adversário sem que este conseguisse esboçar grande reação. Com os franceses a visitarem a Invicta apenas para cumprir calendário, o golo madrugador acabou por deitar por terra um opositor que se apresentou com várias mexidas no habitual 11 titular. 

Depois do primeiro, foi com naturalidade que os portistas viriam a fazer o segundo e terceiro golo. Primeiro com o bis de Aboubakar e, em cima do intravalo, com o camaronês a assistir de forma perfeita Brahimi, numa inversão de papeis. O FC Porto jogava bem, não permitia que o Mónaco construísse jogo, trocava a bola pelo campo todo e chegava com relativa facilidade à baliza de um adversário resignado e sem qualquer motivação. Nos primeiros 45 min, os azuis e brancos contabilizaram sete remates, seis deles dentro da grande área adversária, e quatro deles enquadrados. A isto juntavam-se, ainda, os 69% de posse de bola e 83% de passes certos. Domínio total.

Se no primeiro tempo não faltaram golos, a segunda parte não lhe ficou atrás. Essencialmente, devido ao facto de um Mónaco regressado dos balneários apostado em inverter a imagem dos primeiros 45 min.

Ora, nesse sentido, houve tempo para mais 4 golos num segundo tempo em que, embora se tenha assistido a um Mónaco mais atrevido, culpa da entrada de Falcão e Moutinho, o FC Porto deu continuidade ao domínio dos 45 minutos iniciais presenteando Alex Telles e Tiquinho com golos.

O FC Porto conquista, assim, a merecida qualificação, numa fase de grupos muito equilibrada que sentenciou o Mónaco como a grande desilusão, e o Besiktas a surpresa. Mas, mais que isso, premiou uma equipa sem qualquer reforço, que se adaptou e, acima de tudo, se reinventou. Mérito a Sérgio Conceição.

Destauqes:

IN

Aboubakar - 2 golos e 1 assistência, numa exibição onde houve espaço para outros dois remates e um passe para finalização. Em 5 jogos, Aboubakar marcou 5 golos e assistiu para outros dois. Enorme fase de grupos para o camaronês.

Alex Telles - Aproveitou da melhor forma o jogo em que foi observado para a seleção do Brasil. O lateral-esquerdo esteve certo a defender, com quatro intercepções, dois desarmes e oito recuperações de bola, e no ataque brilhou ainda mais: um golo, dois passes para finalização, completou dois de cinco cruzamentos e colocou dez vezes a bola na grande área adversária.

Finalização - Com os 5 golos no jogo de ontem o FC Porto marca um total de 15, o segundo melhor registo de sempre na competição, colocando-o no top 5 das equipas mais finalizadoras da competição.

OUT

Felipe - Alex Telles e Felipe estavam a ser observados para a seleção brasileira. O 1º aproveitou da melhor forma, já o segundo não podia ter feito pior. Com uma atitude perfeitamente desnecessária, o central acabou expulso. Aos erros a nível defensivo que vem somando de há uns tempos para cá, Felipe tem-se também desdobrado em atos irrefletidos que só servem para prejudicar a equipa. Já o disse e reforço: está a precisar de banco.

sábado, 2 de dezembro de 2017

Sem Palavras

ROUBO! Não há outra forma que não esta de iniciar esta análise. Ontem assistimos a um roubo em direto. Eu sinto, verdadeiramente, que me foram à carteira e não pude fazer nada para o evitar. O sentimento de impotência perante isto é demasiado mau e não há como contornar as evidências, foi "à cara podre", meus amigos. Tenham vergonha!

Depois do que se assistiu ontem, é difícil fazer uma análise ao jogo jogado com o discernimento necessário até porque, afinal, estamos a falar de uma partida que, por influência direta da arbitragem, não terminou em 2 ou 3-0 para o FC Porto porque nos foram sonegados um golo, um penalti claro e consequente expulsão e outro lance de penalti que, admito, possa ser mais discutível.

Como se isto não bastasse, assistimos a um verdadeiro espetáculo de contorcionismo no pós jogo pela armada vermelha, que fez deste escândalo um prejuízo para o benfica. Eu até sugiro: já que estamos em época natalícia, aproveitem esses dotes de dobrar a coluna em 4 e apostem no circo de Natal.

O jogo começou com maior ascendente para a equipa visitante. Algo comum por parte do benfica, que tem nos 10/15 minutos iniciais de maior pujança uma arma para tentar alcançar a dianteira no marcador. Mesmo durante o período em que esteve melhor, não criou reais oportunidades de golo para a baliza de José Sá, pese embora os 65% de posse de bola ao quarto de hora. Enquanto isso, o FC Porto ia tentando lançar-se no contra-ataque com passes longos a aproveitar a velocidade de Marega. 

À medida que os minutos foram passando, o FC Porto foi crescendo e equilibrou o jogo, com o flanco direito a ser aposta dos Dragões para chegar à baliza de Varela. Aos 35 minutos, 45% dos nossos ataques surgiam pelo lado direito. E foi precisamente pela direita que surge o primeiro lance passível de penalti desta partida: Marega é rasteirado por Jardel e o árbitro nada assinala. Confesso que inicialmente me pareceu muito forçado, mas ao ver mais tarde as repetições há, efetivamente, um toque no pé do avançado maliano. Já todos vimos serem marcados penaltis por menos, não é verdade?

O jogo foi-se mantendo na mesma linha até perto do intervalo, quando surge novo lance na área do benfica e este é clarinho, não deixa dúvidas. A pergunta que se coloca é: Como é que isto não é assinalado? Por alma de quem é que o VAR deixa passar isto? E Jorge Sousa, não pede para visualizar o lance porquê? Ridículo. O FC Porto podia adiantar-se no marcador e o benfica ficava reduzido a 10, tudo isto em cima do final da primeira parte e o que isso poderia representar para os 45 minutos que se seguiriam. Como se não bastasse, tivemos de ouvir um Luís Freitas Lobo dizer que a bola bate na anca. Não brinquem!

O intervalo chegava e o crescente no jogo dos Portistas refletia-se nas estatísticas: tinha mais posse de bola e vantagem em indicadores como "bolas na área adversária" e "eficácia na distribuição".

O segundo tempo iniciava-se e, por minutos, ainda deu para pensar que a entrada do adversário registada na primeira-parte se iria repetir na segunda, mas tal não se viria a efetivar e, resumidamente, os segundos 45 min foram um verdadeiro amasso. O jogo fez-se num único sentido, as oportunidades sucediam-se e o desperdício também. Nos primeiros 15 minutos, Varela tinha sido já obrigado a fazer duas boas intervenções. 

A pressão exercida pelo FC Porto era tal, que a equipa adversária não conseguia sair a jogar, falhando quase metade dos passes que fez (53% de acerto no passe). Ora, com o caudal ofensivo portista a intensificar-se cada vez mais, eis que surge novo erro de arbitragem. Bandeirola levantada e anula-se um lance que daria o golo ao FC Porto. Novo erro gritante, desta vez do auxiliar que, contra o que é recomendado, não deixa seguir a jogada e anula de imediato a investida portista. Com lances como este como é que há a lata de se pedir que parem as críticas às arbitragens quando se invalida uma jogada destas? E nem venham com a conversa do "mas o Grimaldo sofreu falta". Não sofreu, foi tudo claro, ele nem sequer se queixa de falta. O auxiliar tinha o campo de visão limpo, é um lance demasiado básico para ser só incompetência.

Depois de novo roubo, Sérgio Conceição fez entrar Otávio para o miolo e, com o brasileiro a surgir bem na partida, aumentava ainda mais o perigo para a baliza encarnada. Até final, o FC Porto viria a desperdiçar dois golos feitos, com Marega em primeiro plano.

Destaques:

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ALEX TELLES - O lateral-esquerdo completou 12 acções defensivas, divididas de igual forma entre desarmes e alívios, e somou três passes para finalização. Para além disso, acertou quatro das suas cinco tentativas de cruzamento, colocou 14 bolas na área contrária e venceu nove dos 12 duelos que disputou.

BRAHIMI - O argelino destacou-se na distribuição de jogo com quatro passes para finalização. Tentou o drible 15 vezes, levando a melhor em sete ocasiões, venceu 15 dos 25 duelos que disputou e sofreu cinco faltas.

SEGUNDO TEMPO - Depois de uma primeira-parte mais dividida, os segundos 45 min foram de bom nível para o FC Porto, de tal forma que submeteu o benfica ao seu meio-campo durante praticamente todo o tempo concedendo ao rival uma oportunidade clara de golo e criando diversas. Faltou o golo que nos tiraram e a concretização das oportunidades.

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ARBITRAGEM - Já disse em cima o que penso acerca do que vimos ontem no Dragão, foi demasiado mau para ser verdade. Vergonhoso!

FELIPE - Se fosse treinador, Felipe no próximo jogo e sentar-se no banco. A entrada sobre Jonas é para amarelo, claro e inequívoco. O que fez o brasileiro, era o lance tipo que, que para além da rivalidade, me fazia sentir nojo pelos jogadores do benfica, porque era uma constante o recurso a este tipo de ações, como tal irrita-me profundamente ver jogadores do meu clube fazerem o mesmo. Uma coisa é ser viril, outra é ser porco. Espero que Felipe altere a sua postura e opte pela primeira opção.

domingo, 26 de novembro de 2017

Escorregadela(s)

O FC Porto visitou a Vila das Aves, no jogo que antecedeu a receção ao Benfica, mas não conseguiu levar de vencida a equipa da casa que se apresentou coesa, pressionante e a não dar espaços aos azuis e brancos mas, mais que isso, deparou-se perante um FC Porto desinspirado que facilitou aos avenses a estratégia para este jogo.

Simplificando, foi mais ou menos isto: jogamos pouco; o empate surge quando menos interessava; o Corona devia levar duas chapadas do Sérgio Conceição; se o Danilo fosse branco e se chamasse Jonas não era 1 penalti, eram 2, no mínimo.

Basicamente foi isto. O FC Porto até entrou bem, com Soares a surpreender no 11 (e Marega no banco) os portistas entraram praticamente a vencer no encontro e, logo aos 6 min., Ricardo Pereira colocou a equipa na frente depois de um passe fantástico de Tiquinho. Se o golo podia balancear o FC Porto para uma exibição tranquila, tal não aconteceu. Balanceou, isso sim, para uma exibição amorfa e com poucas oportunidades para os azuis e brancos.

Com uma ótima reação ao golo sofrido, era o Aves quem criava as melhores ocasiões. Aos 20 minutos levava já 6 remates e há meia hora contabilizava 6 passes para finalização contra 4 dos portistas, o que atestava o fraco rendimento da equipa azul e branca. O FC Porto não conseguia chegar à frente com perigo, embora com dois homens lá na frente o jogo não fluía com qualidade, falhavam-se passes, escorregava-se muito, jogava-se mal. Ao fim do primeiro tempo, bom mesmo era o resultado.

Na segunda parte, a equipa juntou as suas linhas, encurtando os espaços, dificultando o jogo do CD Aves. Porém, a alteração da estratégia dos portistas trazida do balneário, viria a esbarrar numa ação infeliz de Corona. Já amarelado, pisou o adversário vendo o merecido segundo cartão amarelo, e consequente expulsão. É verdade que o critério do árbitro nem sempre foi igual para ambos os lados, mas Corona comete a infantilidade de fazer uma falta perigosa pondo em causa o resto da partida.

Ora, com menos um, o vislumbre das alterações ao intervalo goraram-se rapidamente e aguentar o golinho de vantagem era só o que já se pedia.

Tal não aconteceu e o Aves acabou mesmo por empatar, colocando justiça no marcador, diga-se.

Empatados, tivemos de correr atrás do prejuízo e, com menos um, foi quando começamos a produzir mais futebol, ainda assim mais com o coração do que com a cabeça. O empate despertou a equipa e Sérgio mostrou que o 1 igual não interessava, fazendo entrar homens para o ataque, ainda assim o desespero por querer fazer o golo levava a equipa a decidir mal, com inúmeras tentativas falhadas de lançar a bola longa para a velocidade de Marega. 

O golo não apareceu, pese embora houvesse oportunidade para tal, tivesse sido assinalado o penalti sobre Danilo mas, mais que isso, fica uma exibição pobre e consequente perda de pontos antes da receção ao Benfica.

Se por um lado acredito que, após este desaire, a equipa queria dar uma resposta forte, não há como negar que existe uma outra face. As debilidades demonstradas, os erros, a fraca qualidade de jogo e o pouco fulgor ofensivo, tiveram o condão de diluir a imagem de um Porto que podia fazer em água o rival da próxima sexta-feira. Mas estou convicto de que a primeira opção prevalecerá.

Destaques:

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RICARDO PEREIRA - Para além do golo, o lateral português esteve a bom nível no que tocou a defender. Terminou com cinco desarmes e quatro interceções e ganhou sete dos 13 duelos individuais que disputou.

DANILO - Herrera até pode ser o capitão, mas é em Danilo que vejo essas características dentro de campo e, ontem, não foi excepção. Muito interventivo com os colegas e a tentar levar a equipa para a frente. Fez dois remates, criou uma ocasião flagrante e a realizou três tentativas de drible (duas com sucesso). A defender registou quatro interceções e sete recuperações de bola.

OUT

QUALIDADE DE JOGO - Para além do empate, este foi o pior jogo do FC Porto neste campeonato e, como já referi, surge com um péssimo timing. Tenho a certeza que não será este o nível de jogo com que defrontaremos o nosso rival, o contexto e exigência são outros, mas não podemos repetir as fragilidades que ontem foram visíveis.

FIO DE JOGO - Faltou consistência ao FC Porto, faltou capacidade de construir jogo, de trocar a bola, de jogar apoiado, definir com critério e chegar à zona de finalização. Faltou fio de jogo. Vimos, pelo contrário, um futebol trapalhão, pouco criterioso e, já em desespero, de "chutão" para a frente que raras vezes dá frutos. 

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Objetivos Intactos Após Inferno de Istambul

No jogo da penúltima jornada da fase de grupos da Champions, o FC Porto trouxe na bagagem um empate que mantém abertas as portas dos oitavos de final da competição, dependendo apenas de si para seguir em frente na prova rainha da UEFA. As decisões ficaram adiadas para a última jornada mas, para já, ficou garantida, no pior dos cenários, a presença na liga europa.

Os dragões subiram ao inferno de Istambul e passaram no difícil teste que é o de jogar no ambiente frenético dos estádios turcos, com isso, o FC Porto continua invicto em território bizantino contabilizando 3 vitórias e 2 empates nos 5 jogos realizados. 

Face aos condicionamentos do plantel azul e branco, Sérgio Conceição apresentou alterações no 11 inicial. O treinador Portista não tem medo de mexer, e até que se tem dado bem na hora de adaptar a equipa ao adversário ou à problemática das lesões. Ontem aconteceu de novo. Depois do jogo com o Leipzig onde Maxi foi chamado a jogar a médio direito no decorrer da partida, ontem, o uruguaio saltou para o 11 inicial mas, desta vez, para que Ricardo subisse no terreno. Também Sérgio Oliveira entrou novamente para a equipa titular. Ele que leva mais jogos a titular na liga dos campeões do que no campeonato.

Sérgio Conceição aprendeu a lição da primeira volta e não permitiu que o meio campo portista fosse destruído pelos turcos tal como aconteceu no dragão. A alinhar com 3 homens no miolo, os azuis e brancos preencheram bem esta zona do terreno e condicionaram o Besiktas na fase inicial da construção do seu jogo. Pese embora a grande vantagem na posse de bola para os turcos (62% - 37%), o FC Porto foi sempre conseguindo manter o perigo afastado da sua baliza e, quando não o fez, José Sá deu conta do recado com grande nível. 

Num jogo equilibrado as oportunidades não abundaram, de tal forma que os dragões chegaram à vantagem no primeiro remate à baliza. Num lance de laboratório, o FC Porto apontou o sétimo (!!) golo na sequência de uma bola parada, num total de 10 marcados na competição. Ora, por aqui se vê a importância dada por Sérgio Conceição a estes lances, depois de várias épocas em que era completamente esquecida a preponderância destes pelos treinadores que por aqui passaram. 

Face à pressão e ao número de jogadores que colocava na zona central do terreno, o jogo turco fazia-se muito pelas laterais e foi mesmo daí que viria a surgir o golo do empate, numa investida de Tosun que deixou para trás Felipe, entregou a Talisca para encostar.

O início do segundo tempo foi, sem dúvida, o período de maior dificuldade para os comandados de Sérgio Conceição, infligidos a um verdadeiro sufoco pela equipa da casa. Nos primeiros 15 minutos o Besiktas registava 79% de posse e três remates contra um. Muito devido a um FC Porto desconcentrado que errava passes sucessivamente e não conseguia sair a jogar com critério.

O FC Porto viria a conseguir equilibrar a partida e, até final, o ritmo de jogo foi diminuindo numa espécie de "pacto não-agressão" entre as duas equipas, até porque o resultado acabava por ser positivo para ambas.

Destaques

IN

FELIPE Pese embora o falhanço na forma como abordou o lance do golo do empate, o central brasileiro esteve em grande nível. Para além do golo, Felipe completou ainda 12 alívios, quatro interceções e ganhou metade dos duelos individuais que disputou.

JOSÉ SÁ -  Depois de novas dúvidas acerca da possibilidade de voltar ou não ao 11 após o jogo para a Taça de Portugal, Sá voltou mesmo e respondeu com várias e valiosas intervenções que permitiram segurar o empate no marcador. O guarda-redes começa a dar os primeiros passos naquilo que se esperava quando chegou ao clube: ser o guardião das balizas portistas dos próximos anos.

OUT

MINUTOS INICIAIS - Os minutos iniciais de ambas as partes trouxeram um FC Porto nervoso e a cometer muitos erros. Se na primeira-parte isso não trouxe problemas, muito devido a um Besiktas, pouco melhor fazia, o segundo tempo permitiu o sufoco da parte do adversário que podia ter causado estragos.

PINTO DA COSTA - Depois de Fernando Gomes ter falado há uns tempos que o FC Porto tinha tantos jogadores sob contrato que se estorvavam uns aos outros, como se a culpa disso fosse de uma qualquer "entidade" externa ao clube, ontem, foi a vez do presidente portista vir dizer que "se fosse para não querer ganhar o jogo tinha contratado o Lopetegui", para além de descontextualizadas, as suas declarações vão na linha daquilo que disse o Administrador da SAD, como se a vinda de Lopetegui fosse culpa de outra pessoa qualquer. Um bom exemplo para um "Quando é Melhor Estar Calado".

domingo, 19 de novembro de 2017

Precocemente Eliminados

Guardem-se os “champanhes” e os confetis e apaguem-se os “posts” preparados para serem publicados, afinal o “Porto” seguiu em frente. Numa partida em que o FUTEBOL CLUBE DO PORTO mostrou querer resolver cedo a eliminatória, a mesma acabou discutida até ao final. Com duas reviravoltas no marcador, os azuis e brancos acabam por sair vivos de uma sepultura já cavada.

Em jogo de TAÇA DE PORTUGAL, uma competição propícia a surpresas, SÉRGIO CONCEIÇÃO não fez grandes alterações. Iker CASILLAS (que se estreou na prova raínha do futebol português) foi, aliás, a grande novidade num onze que contou ainda com HERNÂNI e ÓLIVER torres. Nesse sentido, os “dragões” quiseram desde cedo impor o seu jogo e o golo, aos 5 minutos, de DANILO pereira, num canto bem batido por alex TELLES, auguravam uma noite aparentemente tranquila.

Perante um SC PORTIMONENSE organizado, com bola, mas bastante apático sem ela, a equipa de CONCEIÇÃO mandava no jogo, controlando o meio campo e chegando com alguma facilidade ao último terço atacante falhando, quase sempre, no momento da decisão. No entanto, defensivamente a equipa portista ia claudicando em alguns momentos e a formação de VÍTOR OLIVEIRA ia aproveitando.

O acumular de oportunidades desperdiçadas no ataque azul e branco, principalmente nos remates de jesús CORONA e ANDRÉ ANDRÉ e no cabeceamento de DANILO, mais uma vez numa bola parada de TELLES, faziam a equipa de Portimão crescer no jogo, em busca do empate. Com DENER clemente e WELLINGTON carvalho em bom plano e com um desconcertante shoya NAKAJIMA (já o tinha sido no jogo da LIGA NOS), a formação algarvia acaba por materializar em golo o crescimento no jogo, numa jogada onde WELLINGTON aproveitou o ressalto, no remate do nipónico, e perante a passividade da defesa portista, para bater CASILLAS.

Para o segundo tempo, SÉRGIO CONCEIÇÃO tratou de corrigir sobretudo aspetos defensivos e com o recuo das unidades atacantes do PORTIMONENSE, tornando a equipa menos afoita, o FC PORTO tratou de voltar a mandar no jogo, entrando em destaque no ataque azul e branco vincent ABOUBAKAR. Mesmo perante a supremacia azul e branca, os alarmes soaram nas alas atacantes e, perante a lesão (esporádica) de CORONA e com um HERNÂNI complicativo, CONCEIÇÃO lançou BRAHIMI precisamente para o lugar do extremo português.

Contra a corrente do jogo, e quando o atacante ANDRÉ PEREIRA se preparava para se estrear no FC PORTO, a equipa alvinegra acaba por chegar à vantagem, num lance em que é PEDRO SÁ, com um grande golo, a aproveitar a passividade portista. Com cerca de 20 minutos para jogar, o PORTIMONENSE repetia assim o feito de fazer 2 golos no DRAGÃO esta época.

Perante o resultado, num jogo a eliminar, restou ao FC PORTO partir para cima da equipa algarvia que limitou-se, naturalmente, a defender. Já com ANDRÉ PEREIRA ao lado de ABOUBAKAR, os azuis e brancos beneficiaram ainda da expulsão de FELIPE MACEDO para criar um cerco à baliza de carlos HENRIQUE. Nesse sentido, e com a entrada de miguel LAYÚN para o lugar do “tocado” CORONA, VÍTOR OLIVEIRA esgotou as alterações com dois defesas arriscando tudo na conservação do resultado.

No entanto, já com CONCEIÇÃO fora do banco, mas galvanizado, mais uma vez pelo DRAGÃO, o espírito guerreiro e sangue frio do FC PORTO veio ao de cima. Num final épico, ABOUBAKAR, aos 90+1,  na segunda assistência de TELLES, e BRAHIMI, aos 90+5, aproveitando um passe de ANDRÉ PEREIRA, que tentava servir o camaronês, conquistaram a reviravolta e a passagem à próxima fase da prova.

Antes da visita ao “inferno” de Istambul, num importante jogo para a LIGA DOS CAMPEÕES, a frieza dos “dragões” resulta num balde de água gelada para os que esperavam a sua eliminação. Numa partida em que o PORTIMONENSE vendeu cara a eliminação, o FC PORTO sai bem vivo, depois de precocemente eliminado.

DESTAQUES

IN

DANILO/ALEX TELLES - DANILO pelo golo, TELLES pelas assistências e ambos pelo que jogaram. Duas grandes exibições.

DRAGÃO - Mais uma vez, incrível no momento em que a equipa mais precisava. Os adeptos mereceram a épica reviravolta.

PORTIMONENSE- Vendeu cara a eliminação e por mérito próprio. Merecia outro sorteio.

OUT

HERNÂNI - A difrença, para melhor, após a saída do português foi notória. Complicativo por responsabilidade própria.

VÍTOR OLIVEIRA - A exibição da sua equipa em pleno DRAGÃO merecia outro discurso. Atribuir a responsabilidade da eliminação a uma incompreensível expulsão de TELLES é próprio de quem festejou cedo demais.

por Fábio Daniel Ferreira

domingo, 5 de novembro de 2017

Décima!

Depois de uma sempre complicada deslocação ao Bessa e de um jogo de enorme exigência frente aos alemães do RB Leipzig, menos de 72 horas volvidas e novo jogo, desta vez contra um bem orientado Belenenses que, exceção feita às crónicas goleadas frente ao Benfica, vai realizando um ótimo campeonato. Às naturais dificuldades que uma semana exigente como esta podem comportar, juntaram-se ainda as condicionantes técnicas em resultado das lesões de Marega e Soares que vão deixando o ataque do FC Porto algo debilitado.

Herrera, 10º estrangeiro com mais jogos pelo FCP (162)
Desta feita, o jogo frente à equipa de Belém era encarado como uma final pelo treinador Sérgio Conceição. Final ou não, o desafio foi superado, e o FC Porto venceu a equipa forasteira por 2 bolas sem resposta, conquistando a décima vitória em 11 jornadas. Com mais dois tentos, a equipa de Sérgio Conceição alcança a marca dos 30 golos, feito esse que só encontra paralelo se recuarmos 55 anos, quando o húngaro Jenő Kalmár orientava os dragões, com o mesmo número de golos ao fim de 11 jornadas.

Condicionado pelas lesões de duas das suas três opções para a frente de ataque, Sérgio Conceição apresentou uma equipa organizada em 4-3-3, com destaque para a inclusão de Hernâni que suplantou Corona, no banco depois de ter saído "tocado" na última quarta-feira. Reyes entrou para o lugar de Danilo e André André completou o trio do meio-campo que integrava ainda um cada vez mais irreconhecível Herrera. Impossível deixar passar a ausência de Oliver que, mesmo num meio-campo a 3, parece não ser opção para o treinador. Algo que não deixa de me surpreender.

A vitória por 2-0, ficou marcada por uma primeira parte dominadora dos azuis e brancos na busca do golo que evitasse complicações indesejadas, não permitindo grandes réplicas aos seu adversário. Por sua vez, o segundo tempo, deu espaço a uma reação do Belenenses que, sem causar grande perigo foi-se aproximando aos poucos da baliza de José Sá. 

O FC Porto entrou forte na partida e apostado em por de parte o possível cansaço e as condicionantes impostas pelas lesões. A dominar, o FC Porto não deixava os visitantes responderem e ia criando perigo para a baliza de Muriel. Logo nos primeiros 10' min, para além dos 71% de posse de bola, os dragões registavam ainda quatro remates, um deles enquadrados. A construção portista ia-se fazendo bem desde trás, provam-no as 23 vezes em que Diego Reyes teve a bola em sua posse nos primeiros 10 min, liderando neste capítulo.

O tempo ia passando e o FC Porto intensificava a sua pressão, a posse de bola mantinha-se elevada para os da casa e o cerco ia-se apertando cada vez mais. À meia hora de jogo eram já 9 os remates, com destaque para Brahimi com 3 remates, um passe para finalização, 93% de eficácia de passe e no dribling teve sucesso nas suas 3 tentativas. 

O golo ia-se adivinhando, não só pelas oportunidades que eram criadas, como também pela facilidade com que os dragões entravam na área adversária. Até que o golo veio mesmo a acontecer. Na sequência de um pontapé de canto, tal como aconteceu na quarta-feira, a bola sobra para Herrera que, pela segunda vez consecutiva, inaugurou o marcador colocando o FC Porto na frente aos 42'.

O intervalo chegava com 65% de posse de bola, 13 remates, cinco deles enquadrados e uma vantagem inteiramente justa para o que se foi produzindo no primeiro tempo.

A segunda parte não se jogou ao mesmo ritmo da primeira, com menos pressão por parte do FC Porto, o Belenenses deu melhor resposta e foi dificultando a tarefa dos portistas em fazer o segundo e, a partir daí, gerir o jogo conforme pretendesse. Com um cansaço notório, os pupilos de Sérgio Conceição encolheram. A posse de bola baixou, ainda que com maior pendor para os da casa (52-48) e era o Belenenses quem criava mais oportunidades neste segundo tempo com 4 contra 3. 

Em virtude do desenrolar dos acontecimentos, Sérgio mexeu. Lançou S. Oliveira para o lugar de André, Galeno para o de Brahimi e já antes havia entrado Corona para o lugar de Hernâni. Com estas alterações o FC Porto ganhou mais discernimento no miolo, passou a controlar melhor e a ter mais bola, e com Galeno e Corona ganhou mais velocidade e capacidade de desequilíbrio, respetivamente. Com o Belenenses a tentar o seu ultimo forcing para chegar ao empate, o FC Porto como tão bem sabe fazer, aproveitou a oportunidade e partiu para um contra ataque letal, fazendo o 2 a 0 e alcançando a tranquilidade que ia sendo posta em causa até então, com um golo cheio de classe de Aboubakar.


Destaques:

IN

HERRERA - Vai sendo titular há já várias jornadas, relegando Oliver para o banco. Inicialmente intranquilo, e com alguma desconfiança dos adeptos, Herrera vai mostrando uma nova faceta, e depois de ser o MVP frente ao Leipzig, volta a consegui-lo de novo. Já não marcava em dois jogos consecutivos há 23 meses mas ontem, para além do golo assistiu para o segundo. A isto soma-se ainda uma eficácia de passe de 91%, 4 passes para finalização e 8 recuperações de bola. 

REYES - Foi o outro mexicano em evidência. Algo discreto, mas muito sólido, ocupou o lugar de Danilo e fez um ótimo jogo. Assistiu Herrera para o 1-0, registou dois passes para finalização, 88% de eficácia de passe, foi quem mais interagiu com a bola (97 toques) e ainda ganhou quatro de seis duelos aéreos e fez quatro desarmes.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

FC Porto de Combate Deixa Alemães K.O.

De regresso a casa na prova rainha da UEFA, o FC Porto precisava de vencer para ascender ao segundo lugar do grupo e colocar-se em boa posição para poder passar aos oitavos de final da competição. 

Depois de uma exibição muito à quem do esperado em território alemão, desta vez os portistas não perdoaram e viu-se uma verdadeira equipa de combate que contrariou as adversidades e ajustou-se na perfeição às mudanças que se viu obrigada a fazer.

Pese embora o reconhecido poderio do meio-campo alemão, que nos deu grande dores de cabeça na primeira volta, Sérgio Conceição não foi em meias medidas e lançou a jogo uma equipa com apenas dois elementos no meio-campo. Ia o jogo ainda nos seus primeiro minutos e a primeira lesão: Marega é obrigado a sair, não sem antes fazer uma arrancada que viria a originar o canto que deu o 1º golo da partida. Saiu Marega e entrou André.

Com apenas um elemento atacante no banco de suplentes, Sérgio Conceição optou pelo médio português. No minuto seguinte à entrade de André André, de canto os Portistas inauguram o marcador. Entre ressaltos, Herrera aproveitou a oportunidade e inaugurou o marcador. 

Com o golo veio também a alteração tática, em consequência da entrada de André André que, curiosamente, acabou por vir baralhar a estratégia de jogo. Vicissitude essa que, diga-se, muito bem aproveitada pelo FC Porto. Com André, os comandados de Sérgio Conceição ganharam corpo no seu meio-campo, passaram a ocupar as entrelinhas e a intensidade no miolo do terreno aumentou.

A primeira parte, para além do golo, foi pautada pela velocidade e agressividade, comuns no futebol vertiginoso dos alemães. O FC Porto foi dando boa conta de si, bem encaixado no jogo do Leipzig não permitiu grandes ameaços.

Ao fim dos primeiros 45 minutos, pese embora o domínio na posse de bola alemão, era o FC Porto quem tinha criado mais perigo. Destacavam-se Brahimi, no capítulo ofensivo, mas essencialmente no que à parte defensiva diz respeito com 7 recuperações e Herrera que, para além do golo, contabilizava cinco duelos ganhos, seis recuperações e quatro desarmes.

O segundo tempo iniciou-se praticamente com o golo do empate do RB Leipzig logo aos 48 minutos. Chegados ao empate, a equipa alemã tentou partir para cima do FC Porto, mas a reação ao golo por parte dos azuis e brancos foi extremamente positiva. O FC Porto não acusou o empate, e rapidamente causou perigo para a baliza de Gulacsi. De forma justa, aos 61 minutos, desta vez por Danilo, o FC Porto voltava a adiantar-se no marcador. Um merecido prémio que coroou as investidas portistas que levavam já 5 remates no segundo tempo contra apenas 1 do seu adversário. 


De novo em vantagem, o FC Porto conseguiu manter o controlo da partida e segurar o seu adversário longe da baliza de José Sá. É durante este período que surge nova lesão na equipa portista, agora foi a vez de Corona sair agarrado à coxa tal como havia acontecido com Marega, abrindo espaço para a entrada de Maxi Pereira na partida. De novo o FC Porto voltou a tirar partido da alteração forçada, utilizando o defesa uruguaio para estancar as investidas pelo corredor direito posicionando-se à frente de Ricardo Pereira e a funcionar como um segundo defesa lateral.

Maxi viria mesmo a marcar. Com os alemães balanceados na frente, o FC Porto fez aquilo que tão bem tem feito (mais uma) desde a chegada de Sérgio Conceição. Lançou-se em contra-ataque e aplicou a estocada final, deixando os alemães K.O. e arrumando as dúvidas quanto ao resultado final. Aboubakar, com um excelente trabalho, recebeu, aguentou e lançou para a corrida de Maxi que voltou a marcar na champions 5 anos depois já em período de compensação.

Chegava ao fim o jogo, com uma vitória por 3 bolas a 1 que, mais que o segundo lugar, oferece também uma importante vantagem em caso de confronte direto. Uma vitória feita da adversidade de uma equipa que, vendo-se obrigada a remendar os rasgões causados pelo encontro, deu uma resposta de altíssimo nível frente ao terceiro classificado do campeonato alemão.

Destaques:

IN

DANILO - O médio português esteve envolvido nos dois primeiros golos da sua equipa, assistindo Herrera antes de ele próprio marcar, num dos três remates que fez. Para além disso, Danilo Pereira acertou 86% dos seus passes, venceu oito dos 13 duelos que disputou e somou dez acções defensivas, entre as quais quatro intercepções e dois bloqueios de remate.

HERRERA - O mexicano deu continuidade à boa exibição trazida do Bessa. Acertou 33 dos 39 passes que fez, dois deles para finalização, recuperou a posse de bola oito vezes e somou seis acções defensivas.

SÉRGIO CONCEIÇÃO - Fez da adversidade força e venceu o jogo. Obrigado a mexer, Sérgio Conceição aproveitou para retirar dividendos e mais do que uma dificuldade o treinador portista, fez de um aspeto negativo, um fator diferenciador para o desfecho final com as suas opções a revelarem-se acertadas.

OUT

LESÕES - As lesões de Marega e Corona puseram a nú as debilidades que o plantel curto deste FC Porto apresenta. Hoje, perfeitamente resolvidas, mas estamos em Novembro e já andamos com estas preocupações.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Sociedade Africana Decide o Derbi

Depois da vitória dos dois rivais, na véspera, só os três pontos no BESSA devolviam a liderança da LIGA NOS ao FC PORTO. Num dérbi que se manteve equilibrado, o trio africano dos dragões acabou por se revelar decisivo.

Para o dérbi da invicta, e na antecâmara da receção (decisiva) ao RB LEIPZIG, SÉRGIO CONCEIÇÃO não operou nenhuma alteração em relação ao último jogo da LIGA NOS. Assim sendo, e além da questão JOSÉ SÁ, que voltou a ser titular, DANILO pereira e héctor HERRERA fizeram dupla no meio campo, ficando o ataque entregue a jesus CORONA e yacine BRAHIMI, nas alas, e moussa MAREGA e vincent ABOUBAKAR mais adiantados.
Em relação ao BOAVISTA FC, que desde a chegada de JORGE SIMÃO contava para a liga com três vitórias e um empate, e que vinha precisamente de uma vitória no terreno do GD ESTORIL PRAIA, por 3-0, chegava motivado ao dérbi e com duas modificações no onze: YUSUPHA nije substituiu RUI PEDRO, emprestado pelos dragões, e KUKA entrou para o lugar de MATEUS.
Na primeira parte, e não obstante o FC PORTO ter começado por cima, o equilíbrio a meio campo e a intensidade nos duelos (bem à moda do Porto) imperaram. O BOAVISTA FC, com mais homens na zona central do meio campo, foi competente ao contrariar o jogo dos dragões que raramente viram a sua dupla atacante a receber a bola em perfeitas condições. No ataque axadrezado, o gambiano YUSUPHA era a principal dor de cabeça para a defesa portista (FELIPE que o diga). De destaque, perto das balizas, apenas dois lances, que espelham o que foi o jogo até ao intervalo: o calcanhar de YUSUPHA, que obrigou JOSÉ SÁ a uma importante intervenção, e o remate do mexicano CORONA, já perto do descanso, que assustou VÁGNER.
No segundo tempo, o FC PORTO entrou para melhor. Com linhas mais subidas e mais intensidade defensiva, a equipa de SÉRGIO CONCEIÇÃO mostrou desde cedo que queria resolver o jogo. Assim sendo, e com apenas 5 minutos jogados, ABOUBAKAR fez de terceiro médio, ao receber a bola na zona central e, depois de um túnel sobre um adversário solicitar CORONA. O mexicano cruzou da direita para BRAHIMI que, ao segundo poste, desviou para o camaronês inaugurar o marcador.
Feito o mais difícil, o FC PORTO ia controlando o encontro continuando a imprimir mais velocidade nos seus processos perante um BOAVISTA FC que continuava organizado e bem na luta pelos pontos. Fábio ESPINHO, num livre que ainda desviou em HERRERA, foi um lance quase isolado no domínio azul e branco.
Com a desvantagem, JORGE SIMÃO foi o primeiro a mexer, lançando MATEUS para o lugar do desinspirado KUKA, respondendo CONCEIÇÃO com a entrada de ANDRÉ ANDRÉ, rendendo CORONA, para preencher e dar outra segurança ao meio campo. No entanto, entre ameaços perto das balizas, o técnico boavisteiro tentou um assalto mais assertivo à área azul e branca, com as entradas dos atacantes ROCHINHA e leonardo RUIZ, mas frente a um FC PORTO em estado de graça na liga, revelou-se fatal. A saída de um central juntamente com a alteração de sistema criou uma cratera na defesa do BOAVISTA FC e, depois de HERRERA, na cara de VÁGNER, ter ameaçado, o próprio mexicano assistiu logo a seguir MAREGA, que aproveitou para matar o jogo, com dez minutos para jogar.

O FC PORTO, que passou a partir daí a pensar no jogo da champions,, comecou a gerir o jogo mas, com o BOAVISTA FC, completamente partido ainda aproveitou para aumentar a vantagem. Depois de um camaronês e de um maliano, foi a vez do argelino BRAHIMI concluir, na cara de VÁGNER, um jogo que se adivinhava mais complicado. Ainda andes do apito final, MAREGA acertou ainda com estrondo na trave, estando em iminência o quarto golo.
Com a nona vitória em dez jornadas, o trio africano coloca o FC PORTO de novo no topo da classificação da LIGA NOS numa demonstração, mais uma, de força e qualidade da equipa azul e branca. A vitória no BESSA, frente a um BOAVISTA FC que apresentou qualidade e argumentos para contrariar o dragão, abre ainda o apetite para o jogo de quarta-feira, frente ao RB LEIPZIG, onde a vitória é essencial e onde todos contamos com a presença do perfume africano.


Destaques:

IN

HERRERA - É do plantel o jogador com a crítica mais fácil e frente ao BOAVISTA mostrou o porquê de ser um habitual titular. Uma assistência e um conjunto de boas decisões. Grande jogo.

ÁFRICA MINHA - Ora marca ABOUBA, ora marca MAREGA, ora BRAHIMI molha a sopa. No sábado, marcaram os três. Outrora assobiados, agora são acarinhados.

MAR AZUL - Mais uma vez, uma bancada cheia e uma onda a empurrar a equipa. A “rotunda” foi pequena para tanto azul.

OUT
GOLO AMARELADO - Confesso que ainda não percebi o amarelo a ABOUBAKAR. Roça o ridículo.

por Fábio Daniel Ferreira,
Muralha Azul

domingo, 22 de outubro de 2017

Alguém Falou Em Resposta Forte?

1 golo e uma exibição fantástica
Depois do jogo em Leipzig onde, pese embora a derrota, o resultado até foi mesmo o melhor daquele desafio, Sérgio Conceição garantiu que uma resposta forte seria dada.

De facto era essencial dar essa resposta, depois de uma exibição na Alemanha que desiludiu bastante, tornou-se importante dar uma demonstração de força, mas aquilo a que se assistiu no Dragão não foi uma resposta forte, foi um verdadeiro atropelamento. A violência foi de tal forma, que o jogo de ontem devia ter sido para maiores de 18 anos. Que grande exibição!

Com José Sá na baliza "para alimentar" ainda mais a polémica, regressaram ao 11 portista Ricardo Pereira e Corona, relegando Sérgio Oliveira e Layún diretamente para a bancada. Com eles voltou também o 4-4-2 com Marega e Aboubakar como lanças apontadas à baliza pacense.

Um FC Porto completamente insaciável foi aquele que podemos ver no Dragão. Uma equipa forte, dinâmica, que atacou de todas as maneiras e feitios, que marcou 6, mas podiam ter sido mais, tal foi a avalanche ofensiva dos pupilos de Sérgio Conceição.

O festival de golos começou logo aos 4 min com Ricardo Pereira a apontar o seu primeiro golo de azul e branco após o seu regresso à invicta. Mas, sem fazer muito por isso, os visitantes empataram depois de uma perda de bola a meio-campo que permitiu a Welthon apontar um golo de belo efeito. Com o resultado empatado e vindo de um jogo onde as coisas não correram bem, os portistas não acusaram qualquer tipo de pressão e, aos 18' Felipe (à ponta de lança) restabeleceu a justiça no marcador e colocou os Dragões novamente na frente. A partir daí foi continuar a acelerar a grande velocidade e seguiram-se mais dois golos da autoria de Marega, também ele a brilhar depois de uma exibição pobre em Leipzig.

O FC Porto ia para o intervalo com 3 golos de vantagem e o jogo perfeitamente resolvido. Durante os primeiros 45 min assistiu-se a grande intensidade, posse de bola em quantidade e qualidade, profundidade e um coletivo de grande nível que deixou o Paços de Ferreira perto do K.O. ao fim do primeiro assalto. A posse de bola fixava-se nos 70%, convertida em 10 remates, 6 deles à baliza de Mário Felgueiras.

Se os números alcançados no primeiro tempo poderiam antever uns segundos 45' a um ritmo mais baixo e de gestão do resultado, não foi isso que aconteceu e o rolo compressor portista continuou. As oportunidades foram-se sucedendo, o ritmo manteve-se e o nível exibicional, idem.

Nesse sentido, e depois de 4 remates dos portistas, o quinto golo apareceu com naturalidade apontado pelo mexicano Corona. Aos 72', Aboubakar estabeleceu o resultado final e deixou, também ele, o seu nome escrito na lista dos marcadores.

O FC Porto fez deste um jogo simples, fácil e de sentido único, numa verdadeira resposta ao desaire na champions somando a 8 vitória em 9 jogos, infligindo ao seu opositor uma goleada das antigas. Aliás, o FC Porto de Sérgio Conceição atingiu a marca das 5 goleadas nos primeiros 5 jogos em casa, um feito nunca antes atingido.


Destaques:

IN

RICARDO PEREIRA ♛ - Regressado ao 11 de onde nunca deveria ter saído, o lateral portista fez um jogo extremamente completo: atacou, defendeu, marcou e assistiu. Um vai-vem constante que lhe deram o prémio de MVP da partida. O lateral português  fez duas assistências, terminando a partida com quatro passes para finalização, três ocasiões flagrantes criadas, dois dribles eficazes em duas tentativas, 11 duelos ganhos em 13 e ainda quatro desarmes.

CORONA - Tal como Ricardo, regressou ao 11, mas este depois de uma ausência mais prolongada. Como é seu apanágio quando faz bons jogos, são sempre de bom nível. Corona não só marcou um golo, como fez uma assistência em dois passes para finalização, teve sucesso em três de cinco tentativas de drible, terminou com 93% de eficácia de passe, recuperou oito vezes a bola e ainda fez cinco desarmes.

MAREGA - Esteve às portas do hat trick, mas ficou-se pelo bis. O estádio pedia o terceiro para o maliano, mas tal não aconteceu, pese embora as oportunidades por ele criadas: rematou por seis vezes, cinco delas enquadradas, materializadas em dois golos.

OUT

PERDA DE BOLA - À semelhança do que aconteceu na Alemanha, também o golo dos "castores" foi conseguido após um erro no processo de construção da equipa. Foi dos poucos erros cometidos mas coincide no segundo jogo consecutivo. A rever.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

(In)Experiência Europeia

Num jogo em que SÉRGIO CONCEIÇÃO surpreendeu, ao dar a titularidade a JOSÉ SÁ, também a equipa surpreendeu com a pior exibição da temporada. Num duelo que promete na luta pelo apuramento, a experiência azul e branca esbarrou de frente com a irreverência alemã e foi “de cadeira” que assistiu à primeira vitória de sempre dos germânicos na prova.

À partida para a terceira jornada da fase de grupos da LIGA DOS CAMPEÕES, o FC PORTO, com três pontos e recordista de presenças na prova, procurava dar sequência à brilhante vitória no Mónaco. Em contraste, o RB LEIPZIG, com apenas um ponto e vindo de uma derrota, na Turquia, procurava a primeira vitória na “Champions”.

No entanto, e perante os factos, históricos entre eles, o técnico azul e branco foi o primeiro a tentar ditar leis no jogo dentro das quatro linhas. CASILLAS, um veterano na “liga milionária” foi relegado para o banco. Miguel LAYÚN, héctor HERRERA e sérgio OLIVEIRA foram de novo titulares, repetindo assim a mesma estratégia usada no principado.

Na formação alemã, ralph HASENHÜTTL deixou de fora a habitual dupla atacante (em condições normais), timo WERNER e yurary POULSEN, e apostou numa equipa mais veloz e ágil. Com três médios criativos no meio campo, naby KEÏTA, kevin KAMPL e emil FORSBERG, todos eles muito fortes entre linhas, com marcel SABITZER, na direita, e o português BRUMA, na esquerda, e com jean-kévin AUGUSTIN na frente, os “touros vermelhos” foram uma constante dor de cabeça, principalmente no primeiro tempo.

Assim sendo, num início de jogo penoso para o FC PORTO, que simplesmente não tinha bola e mesmo sem ela demonstrava uma inabitual intranquilidade, foi do banco que a experiência (CASILLAS) viu a inexperiência (JOSÉ SÁ) comprometer, num remate aparentemente inofensivo de BRUMA, mas em que a deficiente abordagem do guarda-redes azul e branco permitiu a willi ORBAN colocar o LEIPZIG em vantagem. Estavam decorridos oito minutos.

Com um meio campo do LEIPZIG tremendamente eficaz, quer na pressão, quer depois no desenvolvimento das suas jogadas, com FORSBERG, KEÏTA e KAMPL a ganharem constantemente a bola entre linhas, explorando depois a veloicdade de SABITZAR, BRUMA e AUGUSTIN, e com a estratégia de CONCEIÇÃO a não surtir efeito (DANILO jogou quase sempre descompensado e HERRERA e SÉRGIO OLIVEIRA nunca conseguiram ligar com o ataque), o jogo do FC PORTO estava entregue às individualidades de yacine BRAHIMI (algumas vezes em exagero) e ao jogo direto para vincent ABOUBAKAR. Ainda assim, e na primeira vez que os dragões se acercaram da baliza de péter GULÁCSI, acabou por empatar. Num lançamento lateral de LAYÚN, e depois de ganhar duas vezes nas alturas, ABOUBAKAR voltou a marcar na LIGA DOS CAMPEÕES.

No entanto, o golo do FC PORTO, que devia ser sinónimo de alguma tranquilidade, manteve tudo na mesma, deixando o vice-campeão alemão com o controlo e domínio do jogo e com uma zona defensiva (incluindo o meio campo defensivo) em fanicos. E depois de vários desperdícios, com BRUMA e AUGUSTIN à cabeça, o LEIPZIG voltou à vantagem, por FORSBERG, que aproveitou mais um “facilitismo” da defesa azul e branca. Três minutos volvidos, aos 40, e quando ainda se festejava o golo da vantagem, mais uma vez a equipa portista a facilitar. DANILO a errar um passe na zona central do meio campo e depois de um ressalto em iván MARCANO é AUGUSTIN que, na cara de JOSÉ SÁ, aumenta a vantagem.

Com a tarefa assaz complicada e, acredito, com muitos adeptos a recearem um resultado mais pesado, a equipa de CONCEIÇÃO teimou e não sair da discussão do resultado e, em cima do intervalo, em mais uma bola parada (canto batido por ALEX TELLES), HERRERA assistiu MARCANO para o 3-2, e de novo incerteza no resultado.

No segundo tempo, o FC PORTO melhorou defensivamente, passando a recuperar mais bolas e obrigando o LEIPZIG a baixar a pressão e a apostar no contra-ataque. Com mais bola, CONCEIÇÃO colocou ÓLIVER torres no lugar de um “perdido” SÉRGIO OLIVEIRA, mas mesmo assim as principais jogadas de perigo eram da equipa alemã. Aos 62 minutos, BRUMA obriga MARCANO a um corte praticamente em cima da linha e 10 minutos depois AUGUSTIN em jogada individual remata a rasar a trave.

Na dança das substituições, jesús CORONA rendeu BRAHIMI para refrescar o lado esquerdo do ataque azul e branco enquanto HASENHÜTTL colocou WERNER e POULSON para refrescar ataque. E apesar do alemão ter obrigado JOSÉ SÁ a uma boa defesa, com um remate cruzado, foi o FC PORTO que se acercou sem efeitos práticos da área adversária. No entanto, e com alguns passes e cruzamentos inconsequentes, o melhor que se viu foi um cabeceamento de moussa MAREGA que saiu ao lado da baliza germânica.

Assim, num jogo em que o FC PORTO podia fazer valer a sua experiência para alcançar um resultado positivo, a mesma só valeu para manter a incerteza no resultado. Quanto ao resto, o que se viu no RED BULL ARENA foi um conjunto de inexperiências que resultaram numa sombra daquilo que os “dragões” já mostraram ser capazes de fazer. SÉRGIO CONCEIÇÃO voltou a errar na Europa e vê numa vitória daqui a 15 dias uma obrigação. Primeiro, a curiosidade de ver a resposta, já no sábado, na receção aos “castores”, e perceber igualmente se CASILLAS volta, ou não, à baliza. Tem a palavra o mister e os seus jogadores.

DESTAQUES

IN

LADO ESQUERDO - ALEX TELES e BRAHIMI foram o mas próximo do habitual “Porto”. Uma enorme diferença para o resto.

MARCANO - Participou em vários “apagões” defensivos mas além do golo em cima do intervalo, colocou o FC PORTO em jogo ao cortar o remate de BRUMA em cima da linha.

ÓLIVER/CORONA - A entrada do espanhol e do mexicano deram outra expressão ao jogo azul e branco. Titularidade à espreita?

OUT

LADO DIREITO - Além de não ter acertado um único cruzamento, LAYÚN não faz esquecer RICARDO pereira. Já MAREGA não se deu por ele.

SÉRGIO CONCEIÇÃO - Voltou a errar na Europa. Em três jogos, qual será o FC PORTO europeu?

BALIZA - Não se compreende a saída de CASILLAS, num jogo de tamanha importância. Que seja mera opção e que o próximo jogo dite o regresso da “lenda”.

por Fábio Daniel Ferreira,
Muralha Azul