segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

"Paços" Trocados de um Clube na Defensiva

Numa semana em que a arbitragem esteve no centro das atenções, viu-se mais do mesmo num jogo fora de portas do FUTEBOL CLUBE do PORTO. No entanto, se na antevisão da partida de Paços de Ferreira, NUNO espírito santo tinha destacado a importância da consolidação defensiva, “podemos” concluir que o nulo foi um mal menor. No entanto, mais importante que falarmos do jogo de sábado, é tentarmos perceber o que se passa no nosso clube. Sim, porque o jogo e o resultado alcançado são mais um poço de questões que nunca vemos respondidas.

Ultimamente, e com razão, o nosso clube tem mostrado um enorme desagrado com as arbitragens. No entanto, a aparente pressão, é apenas feita através do Dragões Diário ou das abordagens bastante ténues do nosso treinador. Sábado, não nos podemos queixar do homem do apito, mas de nós mesmos, e é bom não esquecer que tal como os erros alheios continuarão, os nossos também ainda não pararam.

Muito perto do término da primeira volta, ou seja, praticamente a meio da época, ouço um técnico monocórdico dizer que é importante “consolidar processos defensivos” para depois tentar marcar. Não é assim. Não pode ser assim. O objetivo do FC PORTO tem que ser sempre marcar e ganhar jogos. Vimos um FC PORTO não sofrer golos em Tondela, em Belém e até em Setúbal e em 9 pontos possíveis somamos 3. Não sofremos golos também em Chaves e lá saímos precocemente da TAÇA DE PORTUGAL PLACARD. Até na TAÇA CTT (taça da liga) fomos a melhor defesa do grupo, mas também o último classificado (reconhecendo porém que a eliminação surgiu às custas de uma vergonhosa arbitragem em Moreira de Cónegos).

NUNO não está num VALENCIA CF onde luta para ir à europa, nem num RIO AVE FC que luta para evitar os últimos lugares e até chegar também às competições europeias, se quiserem. NUNO está sim num clube em que ganhar tem que ser uma obrigação, e esse “chip” ainda não foi mudado. Temos lacunas no plantel desde o início da época e as danças entre a bancada, o onze, o banco de suplentes e agora também a equipa “B” são uma constante e algo que não entendemos: ou talvez não seja para entender. Aliás, aos paços trocados de NUNO na gestão do plantel, podemos juntar os táticos também.

A ideia do 4x3x3 foi mudada a meio da pré temporada, uma pré temporada quanto a mim mal preparada. Silvestre VARELA, outrora dispensado, aparece sem exito como lateral. Entretanto desaparece e entra por exemplo na MATA REAL para ajudar a decidir uma partida. Entregamos perto de 7 milhões por willy BOLY um jogador para as “taças”, que até já foram à vida. Héctor HERRERA, tal como yacine BRAHIMI, tanto jogam a titular como passam para a bancada e não são opção. JOÃO CARLOS teixeira teve encostado praticamente toda a primeira volta e aparece de repente para fazer de OTÁVIO. ADRIÁN lópez passa de dispensado (e de uma possível venda) a “reforço” de última hora, joga, passa outra vez para a bancada e de novo a dispensado, juntamente com SÉRGIO OLIVEIRA e EVANDRO goebel. De ANDRÉ ANDRÉ quase nem me lembro. Já na frente, contratamos laurent DEPOITRE (para quem não vejo futuro no clube) e de repente aparece RUI PEDRO para tentar desbloquar um jogo.

Aliás, quando essas movimentações acontecem também na direção, é sinal que algo está mesmo mal. ANTERO henrique deu o lugar a LUÍS GONÇALVES, JOÃO PINTO passou a ser presença no banco, e agora até o team manager ACÁCIO VALENTIM abandona o clube para onde entrou há 20 anos. E a ver vamos se ficaremos por aqui.

Quanto ao último jogo, pouco tenho a dizer, até porque, para mim é o menos importante. Defendemos bem, aliás o FC PAÇOS DE FERREIRA não criou um lance de perigo. E mesmo sem um jogo brilhante (teve muito longe de o ser) criamos oportunidades quanto baste para marcarmos pelo menos um golo mas, mais uma vez, ANDRÉ SILVA (principalmente) e companhia estiveram longe de ser eficazes, alternando o azar, no mérito de rafael DEFENDI e a azelhice.

Infelizmente, não vejo com bons olhos o restante da época, uma época que tanto direção como equipa técnica têm abordado na “defensiva”. Há que atacar o que é importante, e se da parte da direção o importante neste momento é o mercado, que NUNO faça o que lhe compete e encare os jogos realmente para os ganhar. Espero sinceramente que a eliminatória com a AS ROMA não seja a única vitória da época. E pior que não voltarmos a ganhar é não darmos pelo menos um passo em frente. Aliás, em Paços, foram dois atrás.

Por Fábio Daniel Ferreira,
Muralha Azul
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