terça-feira, 1 de maio de 2018

O Título Aqui Tão Perto

1 ponto. É esta a distância que separa o FC Porto de se tornar campeão nacional e conquistar um troféu que lhe foge há 4 épocas. Quatro épocas de revolta pronta explodir no próximo fim-de-semana contra aqueles que tudo fizeram para nos destruir e colocar o FC Porto em causa, que por entre más decisões internas foi sendo derrotado pelos que se julgam donos disto tudo. É, por isso, fácil de perceber toda a euforia com que foi recebido o plantel e staff da equipa azul e branca ao inicio da madrugada de segunda-feira.

Por mais que se possa achar exagerado (como eu o achei inicialmente), é impossível não acabar contagiado por tanto portismo, tanta crença e vontade de, uma vez por todas, vencer e terminar no lugar que merecemos. Para os ressabiados que logo se apressaram a falar em "festejos antecipados" percebam que não é disso que se trata, é sim o último empurrão dos adeptos a uma equipa que quer tanto isto como nós e a forma como se envolveram na multidão mostra isso mesmo. Queremos o Porto campeão e, ali, na chegada da equipa foi o remate final dos adeptos à espera que dê "O" golo!

Os Dragões entraram nos Barreiros a saber dos resultados dos rivais que, pese embora favoráveis, não diminuíram em nada a importância de uma vitória neste encontro. As estatísticas mais recentes eram pouco abonatórias, mas não havia melhor altura que esta para, de uma vez por todas, superiorizar-nos sobre o Marítimo em sua casa e colocar um ponto final na série de maus resultados cada vez que viajávamos até à ilha. Uma ilha cada vez mais maldita para os azuis e brancos.

Ainda que com uma exibição não muito rica, facilmente camuflada pelo êxtase da vitória, o FC Porto fez balançar as redes à passagem do minuto 89 pelo inevitável Moussa Marega, colocando justiça num jogo de sentido único ganho mais pela raça e crença do que pela tática. Mas quando se vence e nos colocamos a 1 ponto do título o que importa isso? Aliás, foi muito de raça e crença que se fez este FC Porto e, num jogo como este, pedia muito isso também.

Com a equipa maritimista a jogar com menos um desde a primeira-parte, se já não iria arriscar muito, com 10 mais recuada se tornou, dificultando muito a obtenção de espaços e conduzindo o FC Porto para um exagerado futebol assente em cruzamentos longos lançados para a área que raras vezes causaram reais dificuldades. Sempre muito organizados e a defender bem, foi extremamente difícil a tarefa dos Portistas mas concluída com sucesso com o título já ali.

Destaques:

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MAREGA -  O atacante do Mali fez o golo que deu a vitória à equipa de Conceição, após três remates, dois deles enquadrados. Para além disso, criou uma ocasião flagrante e concluiu seis de oito tentativas de drible (!), números absolutamente surpreendentes neste capítulo por parte de Marega.

ALEX TELLES - Mais uma assistência para o brasileiro. Foi o 12º passe para golo de Alex Telles, dos 55 realizados por jogadores portistas este campeonato. E ainda registou quatro passes para finalização e dois dribles eficazes em sete.

HERRERA - A transformação de Herrera neste FC Porto é quase tão impressionante como a de Marega. O patinho feio fez-se cisne e é, neste momento, um dos grande pilares da equipa. Na Madeira não esteve particularmente activo no ataque, com apenas um remate e dois passes para finalização, mas completou 55 de 62 passes, recuperou oito vezes a posse de bola e realizou cinco desarmes. À chegada ao Porto, a forma como se envolveu com os adeptos que esperaram a equipa apraz dizer: "és grande, Herrera!".

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